Ninguém
consegue ser como um livro aberto. O medo toma conta: "O que as pessoas
pensarão de mim?" Desde a sua infância foi-lhe ensinado a usar
máscaras, belas máscaras. Não há necessidade de se ter uma bela face, só
uma bela máscara é o bastante, e a máscara é barata. É árduo
transformar a sua face, mas pintá-la é muito simples.
Agora,
de repente, expor a sua face verdadeira lhe dá um arrepio no mais
profundo centro do seu ser. Uma tremedeira surge: as pessoas gostarão
disso? As pessoas irão aceitá-la, as pessoas continuarão a amá-la e
respeitá-la? Quem sabe? Porque eles amavam a sua máscara, eles
respeitavam o seu caráter, eles glorificavam o seu vestuário. Agora o
medo aparece. "Se eu, de repente, ficar nu, eles irão continuar a me
amar, a me respeitar, a me valorizar, ou todos eles irão fugir para
longe de mim? Eles podem retornar para seus caminhos e eu posso ficar
só."
As
pessoas, então, seguem representando. Devido ao medo há o fingimento,
devido ao medo todas as falsidades. Para ser autêntica, a pessoa precisa
não ter medo.
E
essa é uma das leis fundamentais da vida: tudo aquilo que você esconde,
se for errado, continuará crescendo. Aquilo que você expõe, se for
errado, desaparece, evapora ao sol, e se for correto será nutrido.
Exatamente o oposto ocorre quando você esconde alguma coisa correta, ela
começa a morrer porque não está sendo nutrida. Ela precisa do vento, da
chuva e do sol. Ela precisa de toda a natureza disponível para ela. Ela
consegue crescer somente com a verdade, ela se alimenta com a verdade.
Pare de lhe dar seu alimento e ela começa a diminuir.
Osho
post. por Miriam Marcia Machado
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