Lembra-te de que ninguém avança sem companhia.
Toda obra pede auxílio e cooperação.
A árvore protege a fonte, tanto quanto a fonte alimenta a árvore.
O pão que extingue a fome é filho da compaixão do solo que nutriu a semente, da renúncia da semente que germinou para o sol e da força do sol que amparou a terra obscura e sustentou a semente frágil.
Assim também é pela vida afora, nas empresas que o mundo te conferiu, não prescindirás de braços amigos que te estendam socorro e fraternidade.
Todavia, não basta exponhas a outrem as necessidades que te afligem, nem vale te
desmandes na queixa, encarecendo perante alheios ouvidos a angústia de teus problemas, a fim de que a verdadeira amizade se te revele, eficiente e prestigiosa.
Indispensável saibas abrir as portas dos corações para que te não falte concurso às construções da existência.
Corações que, muitas vezes, jazem trancados na avareza afogados no vinagre da aflição ou deprimidos nos espinheiros do sofrimento.
Corações que padecem a flagelação do egoísmo, a paralisia do orgulho, o desvario da vaidade, a chaga da ignorância e o assalto do desalento.
Não te impressione, porém, a seara da treva em que se mergulham.
Quase todos esperam apenas a chave de luz que lhes descerre a passagem da noite para o dia, para a luz da libertação.
Avizinha-te deles com ternura e bondade, sem agravar-lhes a dor.
Desvenda-lhes o próprio ser, em forma de compreensão e serviço e todos virão ao teu encontro, sustentando-te os passos na tarefa a que te impuseste na vida, porque, em verdade, é da lei do Senhor que alma alguma resista ao toque da humildade com a chave da gentileza.
Livro: Linha Duzentos – Francisco Cândido Xavier – Pelo Espírito Emmanue
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