Fazemos muitas coisas e praticamos inúmeros atos sem mesmo saber a causa, o porque, ou qual o objetivo. Se observarmos bem, podemos perceber que as outras pessoas fazem o mesmo. Isto abre grandes possibilidades para melhor compreender tantas dificuldades nos nossos relacionamentos.
Ao nos tornarmos conscientes de nós mesmos, vamos descobrindo a atuação de nossos vários eus ou partes de nós que atuam independente da nossa vontade. Então é hora de se perguntar: EI!!!!Estou consciente do que estou fazendo? Eu quero isto para mim?
Não quero? Então quem quer, se não sou Eu?
Este é um momento fantástico de consciência de si mesmo.
Deixe-me contar uma estória que vem do Oriente. Ela pode nos ajudar a compreender melhor o que digo. Nessa estória, o homem é comparado a uma casa cheia de empregados. O dono da casa está adormecido, impossibilitado de administrá-la. Dessa maneira, sem ter que dar satisfações a ninguém, os criados fazem apenas o que querem e quando querem. Ninguém trabalha nem se responsabiliza pela ordem nem por nada. Diante do caos generalizado, eles resolvem escolher alguém para comandar e controlar a situação. E assim, desse modo, cada um passa a ser exigido a desempenhar a sua função sem interferir na dos outros.
Isto até que o dono desperte e possa perceber a pluralidade de eus que habita a sua casa. O caos e a desordem que impera aí. Neste estado de não vigília, como um adormecido ele vem atuando de forma inconsciente, desempenhando na verdade, o papel de cada um dos seus eus ou partes inconscientes do ser.
Talvez você considere difícil ou muito trabalhoso este trabalho de percepção dos seus eus. É fácil reconhecer cada eu em ação se estamos com a atenção voltada para o nosso interior. Percebemos quando eles chegam e se manifestam. Quer um exemplo bastante claro? Ao se dirigir para o seu trabalho, você vai “incorporando” o papel que lhe cabe como profissional, seja de dirigente ou de dirigido. Se vai para um encontro amoroso, quem se prepara para atuar é o eu sedutor e se vamos encontrar amigos, surge o simpático ou descontraído e assim por diante, vamos desempenhando o papel de pai, de mãe, de estudante, o papel de bonzinho, de mau, o místico e tantos outros. Todos nós representamos vários papéis, bonitos e feios no decorrer da nossa existência. A vida é um grande Teatro. Concorda? E nós somos excelentes atores. Interpretamos o papel que convém a cada momento, de acordo com as necessidades.
MCA
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