Algumas pessoas me pedem explicações sobre a missão espiritual de cada um. Elas afirmam que não sabem qual é a sua missão e por isso, não sabem como começar a coloca-la me prática. Um questionamento comum é: o que devo fazer em minha vida para cumprir minha missão? Essa é uma pergunta comum, mas não é tão simples de ser respondida, pois nossa missão espiritual está muito mais próximo de algo que devemos sentir interiormente do que de algo que precisamos saber intelectualmente.
A melhor resposta que se pode dar a esse impasse é que, na verdade, quase ninguém sabe ao certo qual é a sua missão, pois nosso compromisso espiritual não é algo que pode nos ser informado, mas sim algo que cabe a cada um de nós desvendar. Revelar ao outro qual é a sua missão seria o mesmo que um professor passar todas as perguntas ao aluno antes dele fazer a prova. Se o aluno sabe de antemão o que lhe será perguntado, ele não será testado em seus conhecimentos. O mesmo se dá com a nossa missão espiritual. Se um anjo descesse do céu e dissesse: “Faça isso”, a pessoa estaria fazendo apenas porque o anjo a ordenou e não porque ela sente interiormente que deve fazer. Por isso, ninguém revela a nossa missão, mas somos nós é que precisamos descobri-la sozinhos. Na quase totalidade das vezes não sabemos qual é a nossa missão, mas vamos aos poucos resolvendo os enigmas e a desvendando. Isso ocorre no momento em que decidimos seguir o nosso coração, os impulsos de nossa alma, as aspirações mais profundas do nosso ser.
Uma das principais características de uma missão espiritual é seu caráter impessoal e desprendido. Nossa missão não é algo feito para nós, para nossos interesses pessoais, para ganhar dinheiro, ou para obter coisas no mundo. O cumprimento de metas pessoais tem a ver com nosso karma pessoal, com os efeitos do nosso ego, de nossa personalidade, e não com nossa missão. A missão espiritual é um impulso que vem do nosso espírito e é um legado que a pessoa deixa para a humanidade. É uma obra que deve ser concretizada no mundo e que tem sua origem nos ecos do nosso espírito. Não é uma realização pessoal, mas vem de uma aspiração coletiva. Não se trata de nossa necessidade, mas de uma necessidade do conjunto da sociedade.
É preciso dizer que ninguém deve realizar sua missão pensando nos ganhos materiais que obterá, pois quem faz isso está se desviando de sua missão e percorrendo um caminho pessoal e interesseiro. Quando isso ocorre, é comum falharmos em nossa missão. Sim, é possível se falhar em uma missão. Um homem religioso, por exemplo, pode vir com a missão de inspirar em milhares de pessoas a fé, mas pode sentir-se muito atraído pelo dinheiro das doações, pega-las para si mesmo, enriquecer e assim, falhar em sua missão. Nesse exemplo, o religioso pode se tornar não alguém que conduz as pessoas a espiritualidade, mas sim aquele que as desvia do caminho espiritual. O religioso pode vir com o dom da oratória. Esse dom o ajudaria em sua missão e muitas pessoas poderiam sentir-se tocadas pelas suas palavras e, assim, sentirem-se inspiradas a seguir o caminho espiritual. Mas o dom que seria utilizado de forma positiva pode também ser utilizado de forma negativa, caso o religioso falhe em sua missão e deixe-se levar pelas tentações materiais. Nesse caso, a pessoa pode até mesmo aprofundar seu karma negativo e ficar ainda mais endividada.
Dizem que os espíritos mais elevados não falham em suas missões, mas os espíritos não tão adiantados, como 99,9% da humanidade, podem sim cometer erros e fracassar. O principal erro que alguém pode cometer para colocar em cheque sua missão é seguir um caminho do seu ego e não do seu espírito. O orgulho, a vaidade e o egoísmo são frequentemente o principal motivo das pessoas falharem em suas missões. Outro dado relevante é que missões muito importantes para a humanidade e que tratam de questões de necessidade evolutiva global e planetária não são depositadas apenas em um único indivíduo, mas em dois, três ou mesmo quatro pessoas. Isso significa que, se uma pessoa vem com uma missão muito importante de ser concretizada, outros espíritos podem nascer ao mesmo tempo para garantir que aquela obra seja feita. Por exemplo, Buda encarnou e cumpriu sua missão, mas caso ele tivesse falhado (o que é muito improvável) outro já estava pronto para realiza-la. Essa pessoa foi Mahavira, contemporâneo de Buda. Um homem com uma vida muito semelhante a de Buda e que foi incumbido da mesma missão.
Mas que tipo de missões as pessoas podem realizar em benefício da humanidade? Uma pessoa pode ter a missão de escrever um ou mais livros. Outra pessoa pode ter a missão de cuidar de crianças abandonadas. Outro pode ter como missão produzir filmes humanistas. Outro pode ter como missão dar palestras sobre um determinado tema em seu país ou em vários países. Outra pessoa pode ter como missão uma profissão comum, como exercer a medicina, a enfermagem, a psicologia, a advogacia, tudo isso em prol do bem comum. Há também aqueles que são pessoas de destaque e poder na sociedade, como por exemplo um jogador de futebol, de basquete, ou um ator famoso, um político, um juiz, etc, e que precisem realizar, dentro de suas respectivas áreas, missões de transformação social e humana. Um político pode realizar muito pela população de sua cidade; um juiz pode ter como missão prender pessoas do crime organizado e livrar uma cidade dos malfeitores, para tanto ele precisa enfrentar o medo de morrer e colocar sua vida a serviço do bem comum, mesmo sob o risco de morte; um jogador de futebol pode usar seu prestígio prévio para dar bons exemplos de cidadania, ética e solidariedade a todos os seus fãs; um homem muito rico pode utilizar seu dinheiro para ajudar instituições, construir abrigos, criar fundações, etc.
Um ator famoso, por seu lado, pode se engajar em projetos sociais e usar sua influência para chamar a atenção para determinada causa ou sensibilizar a população sobre algum segmento excluído da sociedade, como por exemplo os deficientes físicos. Em cada área de atuação é possível se realizar grandes obras, deixar sua contribuição, estimular avanços e provocar a abertura de novos campos. Cientistas podem também ser grandes missionários e realizar grandes feitos pela humanidade. Um bom exemplo é Albert Sabin, que renunciou a patente da vacina contra a polimielite pra que ela pudesse ser distribuída gratuitamente para todas as pessoas. Sabin ajudou a salvar milhões de vidas ao redor do mundo com sua renúncia, sua solidariedade e sua benevolência. Ele pode ser considerado um exemplo de cientista abnegado e missionário que veio a Terra. Outro exemplo de cientista missionário foi Albert Einstein, que lutou durante anos contra a bomba atômica e foi uma voz importante no discurso pacifista e da união dos povos. Einstein não era um cientista clássico, com um pensamento mecanicista, mas tinha uma veia filosófica profunda e humanista.
Além das missões de abrangência local, de pequena monta, há também aqueles missionários cósmicos, que vêm a Terra de tempos em tempos, algumas vezes obedecendo conjunções astrológicas, cumprir missões de cunho planetário. Esse é o caso dos mestres espirituais, conhecidos como os avatares na Índia, ou Adeptos na Teosofia. Esses podem ser considerados os maiores mestres da humanidade; espíritos muito elevados que vêm trazer mensagens e realizar obras que ajudam a impulsionar a evolução espiritual de toda a humanidade. São exemplos de missionários cósmicos personalidades como Jesus, Buda, Krishna, Lao Tsé, Thot, Zoroastro, Rama, Seraphis, Padma Sambhava, dentre outros. Alguns deles foram considerados deuses na antiguidade, pois suas histórias oficiais se perderam na noite dos tempos e eles se tornaram muito mais um mito ou uma figura lendária do que um personagem histórico. No caso de uma missão cósmica tão importante e decisiva para a humanidade, é necessário que outros espíritos venham antes do mestre e preparem o terreno para o florescimento de sua obra. Esse foi o caso de João Batista antes de Jesus. João veio ao mundo apenas para tornar as pessoas mais receptivas a vinda do messias. Ele preparou o povo para aquele que viria depois dele. Há também seres que realizam sua missão silenciosamente, sem serem conhecidos e de forma absolutamente discreta. Trabalham nos “bastidores do mundo”, mas nem por isso sua missão é de menor relevância. Para esses espíritos, a fama, a promoção pessoal e a projeção do seu nome nada representam: eles são movidos unicamente pela sintonia com o espírito universal, fonte de toda a vida. Sua única inspiração é fazer o bem pelo bem. Exemplos de missionários espirituais de menor alcance do século XX e XXI são: Amma, Dadi Janki, Ram Bonjam, Mathieu Ricard, Padre Pio de Pietrelcina, Irmã Dulce, Teresa Neuman, Ramana Maharshi, Yogananda, Vivekananda, Albert Schweitzer, dentre outros.
Mas é certo que poucas são as pessoas que conhecem sua missão e sabem exatamente o que devem fazer. Um exemplo conhecido de todos é o de Chico Xavier. Certo dia, Chico estava calmamente descansando próximo a uma cachoeira quando teve o primeiro contato direito com seu mentor espiritual. O mentor de Chico era o espírito que ficou conhecido como Emmanuel. Esse espírito guia conversou com Chico e lhe passou as informações iniciais sobre a missão que ele deveria desenvolver em sua vida a partir daquele momento. Inicialmente, Emmanuel revelou que Chico deveria escrever 30 livros. Chico disse que não havia dinheiro para fazer as publicações. Emmanuel disse que Chico não se preocupasse com isso, pois tudo isso seria arranjado pela espiritualidade.
Esse é um aspecto importante da missão de cada um. Quando alguém está no caminho certo, mesmo que ela não disponha dos recursos para alguma realização, se aquilo precisa acontecer, de fato acontece. Por exemplo, uma pessoa deseja fazer um filme humanista e essa é sua missão. Se a pessoa idealiza o filme e só falta o capital para sua produção, o plano cósmico dá um jeito de trazer esse investimento. Isso não significa, obviamente, que uma certa carga de esforço não seja necessária. O esforço é essencial e a pessoa pode atravessar muitas dificuldades até conseguir os recursos, mas se o filme tem que sair, o plano divino dá um jeito de fazer tudo acontecer.
Já explicamos no livro “Tratado de Terapia de Vidas Passadas” que existem três tipos de pessoas que vem a Terra. A primeira vem apenas para cumprir seu karma e viver certas provações. A segunda vem com o destino de cumprir uma parcela de seu karma e, ao mesmo tempo, também realizar alguma missão espiritual. Outros, esses bem mais raros, vieram apenas para cumprir sua missão, sem a necessidade de expiar seu karma. Mas é certo que a maioria veio ao mundo apenas para cumprir seu destino kármico e assim aprender certas lições. Pessoas que nasceram apenas para cumprir karma e atravessar certas provações podem ter como tarefa principal, por exemplo, nascer em condições subumanas, viver uma existência de miséria e privações, sofrer algum acidente, ficar paralítico, perder todo o dinheiro, casa e estabilidade. Outros vêm para enfrentar a morte de um filho, da esposa e de outros familiares. Outros ainda vêm para resolver certas pendências com seu parceiro evolutivo, além de perdoar, arrepender-se de certos erros, cuidar de familiares ou amigos, ser o ponto de equilíbrio numa família, dentre outras tarefas kármicas. É importante diferenciar a missão do karma. Missão espiritual é uma realização de alcance coletivo. Tarefas kármicas são realizações apenas de alcance pessoal, que fazemos para nós mesmos e nossa evolução espiritual.
Aqueles que desejam iniciar sua missão devem ficar atentos àquilo que os antigos chamavam de sinais. Devemos prestar atenção nos sinais e dar valor a eles, caso desejemos descobrir as tarefas que devemos iniciar. Por outro lado, para realizar nossa missão espiritual devemos iniciar empreendendo tudo aquilo que sentimos que deve ser feito. Qual é a coisa que você mais sente afinidade? O que mais te realiza? O que mais você busca e almeja na vida? O que te faz feliz? Imagine-se daqui a 10 ou 20 anos, o que você gostaria de ter feito ou ter iniciado? Você gostaria de ser lembrado por ter realizado qual obra? Qual atividade ou qual realização dentro do seu trabalho mais te preenche, te alegra, te faz sentir pleno e realizado?
Entre dentro de si mesmo e tente sentir onde está o seu coração, onde está seu espírito se manifestando na Terra. Pense e reflita nessas questões. Se as suas maiores aspirações forem realizações de interesse meramente pessoal, pode ser que você tenha vindo a terra somente para viver seu karma e suas provações. Mas se as suas aspirações tiverem uma perspectiva coletiva, talvez você seja um missionário que veio ao mundo deixar uma obra.
Faça aquilo que você sente em sua consciência que é o correto a se fazer… e naturalmente você estará cumprindo aquilo que veio realizar.
A melhor resposta que se pode dar a esse impasse é que, na verdade, quase ninguém sabe ao certo qual é a sua missão, pois nosso compromisso espiritual não é algo que pode nos ser informado, mas sim algo que cabe a cada um de nós desvendar. Revelar ao outro qual é a sua missão seria o mesmo que um professor passar todas as perguntas ao aluno antes dele fazer a prova. Se o aluno sabe de antemão o que lhe será perguntado, ele não será testado em seus conhecimentos. O mesmo se dá com a nossa missão espiritual. Se um anjo descesse do céu e dissesse: “Faça isso”, a pessoa estaria fazendo apenas porque o anjo a ordenou e não porque ela sente interiormente que deve fazer. Por isso, ninguém revela a nossa missão, mas somos nós é que precisamos descobri-la sozinhos. Na quase totalidade das vezes não sabemos qual é a nossa missão, mas vamos aos poucos resolvendo os enigmas e a desvendando. Isso ocorre no momento em que decidimos seguir o nosso coração, os impulsos de nossa alma, as aspirações mais profundas do nosso ser.
Uma das principais características de uma missão espiritual é seu caráter impessoal e desprendido. Nossa missão não é algo feito para nós, para nossos interesses pessoais, para ganhar dinheiro, ou para obter coisas no mundo. O cumprimento de metas pessoais tem a ver com nosso karma pessoal, com os efeitos do nosso ego, de nossa personalidade, e não com nossa missão. A missão espiritual é um impulso que vem do nosso espírito e é um legado que a pessoa deixa para a humanidade. É uma obra que deve ser concretizada no mundo e que tem sua origem nos ecos do nosso espírito. Não é uma realização pessoal, mas vem de uma aspiração coletiva. Não se trata de nossa necessidade, mas de uma necessidade do conjunto da sociedade.
É preciso dizer que ninguém deve realizar sua missão pensando nos ganhos materiais que obterá, pois quem faz isso está se desviando de sua missão e percorrendo um caminho pessoal e interesseiro. Quando isso ocorre, é comum falharmos em nossa missão. Sim, é possível se falhar em uma missão. Um homem religioso, por exemplo, pode vir com a missão de inspirar em milhares de pessoas a fé, mas pode sentir-se muito atraído pelo dinheiro das doações, pega-las para si mesmo, enriquecer e assim, falhar em sua missão. Nesse exemplo, o religioso pode se tornar não alguém que conduz as pessoas a espiritualidade, mas sim aquele que as desvia do caminho espiritual. O religioso pode vir com o dom da oratória. Esse dom o ajudaria em sua missão e muitas pessoas poderiam sentir-se tocadas pelas suas palavras e, assim, sentirem-se inspiradas a seguir o caminho espiritual. Mas o dom que seria utilizado de forma positiva pode também ser utilizado de forma negativa, caso o religioso falhe em sua missão e deixe-se levar pelas tentações materiais. Nesse caso, a pessoa pode até mesmo aprofundar seu karma negativo e ficar ainda mais endividada.
Dizem que os espíritos mais elevados não falham em suas missões, mas os espíritos não tão adiantados, como 99,9% da humanidade, podem sim cometer erros e fracassar. O principal erro que alguém pode cometer para colocar em cheque sua missão é seguir um caminho do seu ego e não do seu espírito. O orgulho, a vaidade e o egoísmo são frequentemente o principal motivo das pessoas falharem em suas missões. Outro dado relevante é que missões muito importantes para a humanidade e que tratam de questões de necessidade evolutiva global e planetária não são depositadas apenas em um único indivíduo, mas em dois, três ou mesmo quatro pessoas. Isso significa que, se uma pessoa vem com uma missão muito importante de ser concretizada, outros espíritos podem nascer ao mesmo tempo para garantir que aquela obra seja feita. Por exemplo, Buda encarnou e cumpriu sua missão, mas caso ele tivesse falhado (o que é muito improvável) outro já estava pronto para realiza-la. Essa pessoa foi Mahavira, contemporâneo de Buda. Um homem com uma vida muito semelhante a de Buda e que foi incumbido da mesma missão.
Mas que tipo de missões as pessoas podem realizar em benefício da humanidade? Uma pessoa pode ter a missão de escrever um ou mais livros. Outra pessoa pode ter a missão de cuidar de crianças abandonadas. Outro pode ter como missão produzir filmes humanistas. Outro pode ter como missão dar palestras sobre um determinado tema em seu país ou em vários países. Outra pessoa pode ter como missão uma profissão comum, como exercer a medicina, a enfermagem, a psicologia, a advogacia, tudo isso em prol do bem comum. Há também aqueles que são pessoas de destaque e poder na sociedade, como por exemplo um jogador de futebol, de basquete, ou um ator famoso, um político, um juiz, etc, e que precisem realizar, dentro de suas respectivas áreas, missões de transformação social e humana. Um político pode realizar muito pela população de sua cidade; um juiz pode ter como missão prender pessoas do crime organizado e livrar uma cidade dos malfeitores, para tanto ele precisa enfrentar o medo de morrer e colocar sua vida a serviço do bem comum, mesmo sob o risco de morte; um jogador de futebol pode usar seu prestígio prévio para dar bons exemplos de cidadania, ética e solidariedade a todos os seus fãs; um homem muito rico pode utilizar seu dinheiro para ajudar instituições, construir abrigos, criar fundações, etc.
Um ator famoso, por seu lado, pode se engajar em projetos sociais e usar sua influência para chamar a atenção para determinada causa ou sensibilizar a população sobre algum segmento excluído da sociedade, como por exemplo os deficientes físicos. Em cada área de atuação é possível se realizar grandes obras, deixar sua contribuição, estimular avanços e provocar a abertura de novos campos. Cientistas podem também ser grandes missionários e realizar grandes feitos pela humanidade. Um bom exemplo é Albert Sabin, que renunciou a patente da vacina contra a polimielite pra que ela pudesse ser distribuída gratuitamente para todas as pessoas. Sabin ajudou a salvar milhões de vidas ao redor do mundo com sua renúncia, sua solidariedade e sua benevolência. Ele pode ser considerado um exemplo de cientista abnegado e missionário que veio a Terra. Outro exemplo de cientista missionário foi Albert Einstein, que lutou durante anos contra a bomba atômica e foi uma voz importante no discurso pacifista e da união dos povos. Einstein não era um cientista clássico, com um pensamento mecanicista, mas tinha uma veia filosófica profunda e humanista.
Além das missões de abrangência local, de pequena monta, há também aqueles missionários cósmicos, que vêm a Terra de tempos em tempos, algumas vezes obedecendo conjunções astrológicas, cumprir missões de cunho planetário. Esse é o caso dos mestres espirituais, conhecidos como os avatares na Índia, ou Adeptos na Teosofia. Esses podem ser considerados os maiores mestres da humanidade; espíritos muito elevados que vêm trazer mensagens e realizar obras que ajudam a impulsionar a evolução espiritual de toda a humanidade. São exemplos de missionários cósmicos personalidades como Jesus, Buda, Krishna, Lao Tsé, Thot, Zoroastro, Rama, Seraphis, Padma Sambhava, dentre outros. Alguns deles foram considerados deuses na antiguidade, pois suas histórias oficiais se perderam na noite dos tempos e eles se tornaram muito mais um mito ou uma figura lendária do que um personagem histórico. No caso de uma missão cósmica tão importante e decisiva para a humanidade, é necessário que outros espíritos venham antes do mestre e preparem o terreno para o florescimento de sua obra. Esse foi o caso de João Batista antes de Jesus. João veio ao mundo apenas para tornar as pessoas mais receptivas a vinda do messias. Ele preparou o povo para aquele que viria depois dele. Há também seres que realizam sua missão silenciosamente, sem serem conhecidos e de forma absolutamente discreta. Trabalham nos “bastidores do mundo”, mas nem por isso sua missão é de menor relevância. Para esses espíritos, a fama, a promoção pessoal e a projeção do seu nome nada representam: eles são movidos unicamente pela sintonia com o espírito universal, fonte de toda a vida. Sua única inspiração é fazer o bem pelo bem. Exemplos de missionários espirituais de menor alcance do século XX e XXI são: Amma, Dadi Janki, Ram Bonjam, Mathieu Ricard, Padre Pio de Pietrelcina, Irmã Dulce, Teresa Neuman, Ramana Maharshi, Yogananda, Vivekananda, Albert Schweitzer, dentre outros.
Mas é certo que poucas são as pessoas que conhecem sua missão e sabem exatamente o que devem fazer. Um exemplo conhecido de todos é o de Chico Xavier. Certo dia, Chico estava calmamente descansando próximo a uma cachoeira quando teve o primeiro contato direito com seu mentor espiritual. O mentor de Chico era o espírito que ficou conhecido como Emmanuel. Esse espírito guia conversou com Chico e lhe passou as informações iniciais sobre a missão que ele deveria desenvolver em sua vida a partir daquele momento. Inicialmente, Emmanuel revelou que Chico deveria escrever 30 livros. Chico disse que não havia dinheiro para fazer as publicações. Emmanuel disse que Chico não se preocupasse com isso, pois tudo isso seria arranjado pela espiritualidade.
Esse é um aspecto importante da missão de cada um. Quando alguém está no caminho certo, mesmo que ela não disponha dos recursos para alguma realização, se aquilo precisa acontecer, de fato acontece. Por exemplo, uma pessoa deseja fazer um filme humanista e essa é sua missão. Se a pessoa idealiza o filme e só falta o capital para sua produção, o plano cósmico dá um jeito de trazer esse investimento. Isso não significa, obviamente, que uma certa carga de esforço não seja necessária. O esforço é essencial e a pessoa pode atravessar muitas dificuldades até conseguir os recursos, mas se o filme tem que sair, o plano divino dá um jeito de fazer tudo acontecer.
Já explicamos no livro “Tratado de Terapia de Vidas Passadas” que existem três tipos de pessoas que vem a Terra. A primeira vem apenas para cumprir seu karma e viver certas provações. A segunda vem com o destino de cumprir uma parcela de seu karma e, ao mesmo tempo, também realizar alguma missão espiritual. Outros, esses bem mais raros, vieram apenas para cumprir sua missão, sem a necessidade de expiar seu karma. Mas é certo que a maioria veio ao mundo apenas para cumprir seu destino kármico e assim aprender certas lições. Pessoas que nasceram apenas para cumprir karma e atravessar certas provações podem ter como tarefa principal, por exemplo, nascer em condições subumanas, viver uma existência de miséria e privações, sofrer algum acidente, ficar paralítico, perder todo o dinheiro, casa e estabilidade. Outros vêm para enfrentar a morte de um filho, da esposa e de outros familiares. Outros ainda vêm para resolver certas pendências com seu parceiro evolutivo, além de perdoar, arrepender-se de certos erros, cuidar de familiares ou amigos, ser o ponto de equilíbrio numa família, dentre outras tarefas kármicas. É importante diferenciar a missão do karma. Missão espiritual é uma realização de alcance coletivo. Tarefas kármicas são realizações apenas de alcance pessoal, que fazemos para nós mesmos e nossa evolução espiritual.
Aqueles que desejam iniciar sua missão devem ficar atentos àquilo que os antigos chamavam de sinais. Devemos prestar atenção nos sinais e dar valor a eles, caso desejemos descobrir as tarefas que devemos iniciar. Por outro lado, para realizar nossa missão espiritual devemos iniciar empreendendo tudo aquilo que sentimos que deve ser feito. Qual é a coisa que você mais sente afinidade? O que mais te realiza? O que mais você busca e almeja na vida? O que te faz feliz? Imagine-se daqui a 10 ou 20 anos, o que você gostaria de ter feito ou ter iniciado? Você gostaria de ser lembrado por ter realizado qual obra? Qual atividade ou qual realização dentro do seu trabalho mais te preenche, te alegra, te faz sentir pleno e realizado?
Entre dentro de si mesmo e tente sentir onde está o seu coração, onde está seu espírito se manifestando na Terra. Pense e reflita nessas questões. Se as suas maiores aspirações forem realizações de interesse meramente pessoal, pode ser que você tenha vindo a terra somente para viver seu karma e suas provações. Mas se as suas aspirações tiverem uma perspectiva coletiva, talvez você seja um missionário que veio ao mundo deixar uma obra.
Faça aquilo que você sente em sua consciência que é o correto a se fazer… e naturalmente você estará cumprindo aquilo que veio realizar.
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