Os primeiros anos da criança deveriam acontecer em um ambiente na qual pudesse vivenciar o contínuo e leve despertar de sua consciência para o mundo de forma harmônica entre o desenvolvimento físico, cognitivo e social.
Um ambiente que fortaleça seus impulsos naturais de confiança e atuação, desenvolvimento gradual da autonomia e interação social.
O ambiente familiar conseguia proporcionar de forma muito natural e eficiente: Uma casa, um quintal ou jardim, para brincar com os irmãos e amigos da vizinhança, próximo à natureza e com uma rotina de afazeres diários de uma casa familiar.
Mas hoje, devido a nossa vida moderna, principalmente nas cidades grandes, este ambiente familiar não existe mais. Os pais precisam trabalhar fora, as crianças passam mais tempo em creches e na frente de eletrônicos (TVs, celulares e tablets), o que acaba trazendo a necessidade do Jardim da Infância reproduzir da melhor forma este ambiente ideal.
Um ambiente com uma representação bem próxima do ambiente familiar, com uma rotina saudável de afazeres, com contato com a natureza, interação social entre pequenos grupos de crianças para que aprendam a conviver e criar laços entre si, sempre conduzidos por um adulto de forma que possam desenvolver-se da forma mais saudável tanto para o pensar, quanto o sentir e o agir (cabeça, coração e membros).
A criança deve se manter aberta ao mundo, ter confiança ilimitada, receber impressões sensoriais verdadeiras, fortalecer o desenvolvimento metabólico e motor, ter percepções adequadas armazenadas no inconsciente e, fundamentalmente, uma vivência boa no primeiro setênio (o mundo é bom).
Leonardo Maia
Biblioteca da Antroposofia
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