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Vimos como podemos contra-atacar cada emoção negativa como o seu antídoto específico; depois, como o reconhecimento da natureza vazia dos pensamentos pode neutralizar qualquer emoção aflitiva; e ainda como é possível utilizar a emoção negativa de modo positivo.
As contradições, aqui, são apenas aparentes. Esses métodos são maneiras diferentes de abordar o mesmo problema e de chegar ao mesmo resultado: não nos tornarmos vítimas das emoções aflitivas e do sofrimento a que elas em geral nos conduzem. Da mesma maneira, é fácil imaginar várias formas de evitar o envenenamento por uma planta tóxica. Podemos usar antídotos específicos para neutralizar os efeitos de cada veneno. Podemos identificar, no nosso sistema imunológico, a origem da nossa vulnerabilidade a esses venenos e, então, com apenas um procedimento, fortalecer esse sistema para adquirir resistência universal a todos eles. Podemos, por último, analisar os venenos, isolar as diversas substâncias que os compõem e descobrir que alguns, aplicados na dosagem apropriada, têm qualidades medicinais.
O mais importante é que em todos os casos atingimos liberdade.
É preciso não esquecer, no entanto, que a fonte das emoções perturbadoras é o apego ao ego. Para ficarmos livres do sofrimento interior, de uma vez por todas, não basta liberarmos das emoções em si; é necessário erradicar o apego ao ego. Isso é possível? Sim, porque, como vimos, o ego existe como mera ilusão. Um conceito ou uma ideia falsa podem ser dissolvidos pela sabedoria que reconhece que o ego é desprovido de existência intrínseca.
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