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Já dissemos e mostramos que, de tempos em tempos,
periodicamente, a humanidade atinge um momento de depuração, que é sempre
precedido de um expurgo planetário, para que dê um passo avante em sua rota
evolutiva.
Estamos, agora, vivendo novamente um período desses e, nos
planos espirituais superiores, já se instala o divino tribunal; seu
trabalho consiste na separação dos bons e dos maus, dos compatíveis e
incompatíveis com as novas condições de vida que devem
reinar na Terra futuramente.
No Evangelho, como já dissemos, está claramente demonstrada
pelo próprio mestre a natureza do veredito: passarão para a direita os
espíritos julgados merecedores de acesso, aqueles que, pelo seu
próprio esforço, conseguiram a necessária transformação moral; os já então
incapazes de
ações criminosas conscientes; os que tiverem dominado os
instintos da violência, pela paz; do egoísmo, pelo desprendimento; da
ambição, pela renúncia; da sensualidade, pela pureza.
Todos aqueles, enfim, que possuírem em seus perispíritos a
luminosidade reveladora da renovação, esses passarão para a direita;
poderão fazer parte da nova humanidade redimida; habitarão o mundo
purificado do Terceiro Milênio, onde imperarão novas leis, novos costumes,
nova mentalidade social, e no qual os povos, pela sua elevada
conduta moral, tornarão uma realidade viva os ensinamentos do Messias.
Quanto aos demais, aqueles para os quais as luzes da vida
espiritual ainda não se acenderam, esses passarão para a esquerda,
serão relegados a mundos inferiores, afins, onde viverão imersos em provas
mais duras e acerbas, prosseguindo na expiação de seus erros, com os
agravos da bstinação. Todavia, a misericórdia, como sempre, os
cobrirá, pois terão como tarefa redentora o auxílio e a orientação das
humanidades retardadas desses mundos, com vistas ao apressamento de sua
evolução coletiva.
Então, como sucedeu com os capelinos, em relação à Terra,
assim sucederá com os terrícolas em relação aos orbes menos felizes, para
onde forem degredados e, perante os quais como antigamente sucedeu, transformar-se-ão em Filhos de Deus, em anjos decaídos.
E o Senhor disse:
- "Em verdade, vos digo que não passará esta geração
sem que todas estas coisas aconteçam." (Mt, 24:34)
Em sua linguagem sugestiva e alegórica referia-se o Mestre a
esta geração terrena, formada por todas as raças, cuja evolução
vem da noite dos tempos, nos períodos geológicos, alcança os nossos dias
e
prosseguirá pelo tempo adiante.
Não passará, quer dizer: não ascenderá na perfectibilidade,
não habitará mundos melhores, não terá vida mais feliz, antes que redima
os erros do pretérito e seja submetida ao selecionamento que se dará
neste fim de ciclo que se aproxima. Assim, o expurgo destes nossos tempos
- que já está sendo iniciado nos planos etéreos-promoverá o
alijamento de espíritos imperfeitos para outros mundos e, ao mesmo tempo,
a imigração de espíritos de outros orbes para este.
Os que já estão vindo agora, formando uma geração de
crianças tão diferentes de tudo quanto tínhamos visto até o presente, são
espíritos que vão tomar parte nos últimos acontecimentos deste período
de transição planetária, que antecederá a renovação em
perspectiva; porém, os que vierem em seguida, serão já os da humanidade
renovada, os futuros homens da intuição, formadores de nova raça - a sexta - que
habitará o mundo do Terceiro Milênio.
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trecho de "Exilados da Capela" de Edgard Armond
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