O perdão é comparável à água lustral do espírito, lavando todas as nódoas que nos assaltam o tecido da existência.
Não
te alegrarás, exibindo a veste salpicada de lama e nem te resignarás a
conduzir, cada dia, o lixo da própria casa na concha das próprias mãos.
Ao
invés disso, obrigas-te cada manhã ao ritual da limpeza, a começar por
teu próprio corpo, a fim de que a saúde e a higiene te marquem as horas.
No
terreno da própria alma, aguardar ressentimentos e mágoas, melindres e
dissabores, ante a conduta alheia, é o mesmo que transportar, no reduto
do próprio ser, os detritos de nossa marcha, intoxicando-nos a vida.
Odiar
é render culto ao desequilíbrio, maldizer é abrir chagas íntimas,
censurar é ferir a esperança, exigir, quase sempre, é aborrecer.
Lembra-te
de que todos temos necessidade da desculpa recíproca, a fim de que a
estrada se nos desimpeça do pedregulho nela atulhado por nossos próprios
erros.
Recorda o reconforto que recolhes da palavra de estímulo e
a bênção de alívio que te afaga o coração, quando as tuas faltas
possíveis são recebidas por outrem com tolerância e perdoa, sem
condições, a todos os golpes da senda, na certeza de que todo mal
desaparecerá para que o Bem permaneça.
Aqui, agora e sempre, seja
onde for, aprendamos a esquecer tudo o que representa poeira inútil da
caminhada, procurando simplesmente a luz da compreensão e do Amor que
tudo renova e doura, a caminho da Vida Maior e abrir-se-á renovado
caminho na longa peregrinação de trabalho e de experiência em que nos
cabe evoluir para Deus.
Emmanuel & Chico Xavier
postado por Mirian Marcia Machado
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