quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Renúncia e compreensão

"Eu nunca uso a palavra renúncia. Eu digo: — Regozije-se com a vida, com o amor, com a meditação, com as belezas deste mundo, com o êxtase da existência — regozije-se com tudo! Transforme o mundano em sagrado. Transforme estas paragens em outras paragens, transforme a terra num paraíso.
E então, indiretamente, uma certa renúncia começa a acontecer. Mas ela acontece naturalmente, não é você quem a faz. Não é um fazer, é um acontecer.
Você começa renunciando à insensatez, renunciando ao lixo. Renunciando aos relacionamentos sem sentido. Renunciando aos trabalhos que não o preenchem. Renunciando aos lugares em que não é possível crescer. Mas eu não chamo isso de renúncia, eu chamo de entendimento, consciência.
Se você está carregando pedras na mão achando que são diamantes, não vou lhe dizer para renunciar a essas pedras. Direi simplesmente: — Fique atento e olhe direito! — Se você mesmo vir que não são diamantes, haverá necessidade de renunciar a elas? Elas cairão das suas mãos por espontânea vontade.
Na verdade, se você ainda quiser carregá-las, será preciso fazer um grande esforço, será preciso uma enorme força de vontade para continuar carregando-as. Mas você não fará isso por muito tempo; depois que perceber que elas são inúteis, insignificantes, você não hesitará em jogá-las fora.
E, depois que suas mãos estiverem vazias, você poderá partir em busca de tesouros verdadeiros. E os tesouros verdadeiros não estão no futuro. Os tesouros verdadeiros estão no agora, aqui mesmo."
 
 
Osho em Consciência a chave para viver em equilíbrio

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