terça-feira, 6 de novembro de 2012

Benevolência, indulgência e perdão



Dona Maria Modesto - Cadeia de excelência 

Consultados pelo Codificador sobre qual o conceito de caridade como a entendia Jesus, eles declararam: Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas".

Antes do perdão, existem duas atitudes fundamentais que expressam o amor em movimento - a benevolência e a indulgência. Perdão só será necessário quando não aplicamos as duas.

A benevolência tem como sinônimo a misericórdia. 
Benevolência é aplicar a bondade ou o bem a alguém. 
Nas relações humanas, ser benevolente é focar incondicionalmente os aspectos luminosos de alguém. Essa é a maior fonte de proteção para não nos ofendermos, porque a ofensa, em um conceito mais prático, significa penetrar e remexer com nossa própria sombra.

No entanto, quando não conseguimos isso, ainda temos outra chance antes de nos enquadrar nas grades da ofensa. É a indulgência. Como conceitua José, Espírito Protetor, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo X, item 16: 'A indulgência não vê os defeitos de outrem, ou, se os vê, evita falar deles, divulgá-los. Ao contrário, oculta-os, a fim de que se não tornem conhecidos senão dela unicamente (...)".

A benevolência da misericórdia acende a luz, e a indulgência aciona a proteção para que as sombras íntimas não a arrasem com o vendaval da perturbação. Quando vemos os defeitos alheios, ainda temos a possibilidade de aplicar a misericórdia e reverter o quadro interno de nossos sentimentos, elevando-os ao patamar de compreensão e bondade. Nesse clima, conseguimos o respeito às diferenças e ainda podemos realizar a sublime tarefa de enaltecer a benevolência, por meio da aplicação de uma conduta de honestidade emocional com a qual podemos iluminar as sombras que percebemos no outro.

Todavia, quando não conseguimos um estágio produtivo na benevolência e na indulgência, inevitavelmente se instalará a ofensa.

Muitos conceituam ofensa como uma mágoa diante de sérias lesões e perdas. Pensando com sabedoria, vamos perceber que ofensa é não aceitação. Toda vez que não aceitamos
algo ou alguém, já existe ofensa. Ofensa, no sentido espiritual, é toda vez que nosso interesse é contrariado. Nessa ótica, quando nossas expectativas não são atendidas,
quando nossos interesses são feridos, quando não compreendemos o modo de agir de alguém ou quando não entendemos as razões de um acontecimento estamos sendo feridos
emocionalmente, é isso também se chama mágoa.

trecho do livro "Quem ama perdoa" de Wanderley de Oliveira pelo Espírito Dona modesta

Um comentário:

Unknown disse...

Esta msg é tão espetacular, que fui envolvida em intensa emoção. fiquei pensando: Como seria maravilhoso se *todos* tentássemos compreender essas verdades libertadoras. E olha que alegria meu Deus, conceitos libertadores que vieram do espírito da verdade. Para nós, O Consolador prometido. Dependemos apensa de nós mesmos!!!