quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O medo da rejeição

 O medo da rejeição leva muitos corações a alimentarem complexa obsessão em relação à opinião alheia sobre seus feitos, exigindo devota reeducação dos sentimentos na busca da autoestima que estabelecerá, paulatinamente, a segurança e a autoconfiança.
Noutros casos, de forma oposta a esse medo, a indiferença à omissão de conceitos em torno de nossa personalidade é o resultado da invigilância e da vaidade - lenha apropriada para crepitar as labaredas da autosufuciência.
.... saber julgar os apontamentos sobre nós conferindo-nos valor exato é exercício de humildade e bom senso no aprendizado da vida interpessoal.
As pessoas maduras, que se amam verdadeiramente, são autoconfiantes, sem autosuficiência, sabem o valor real da participação alheia e permitem-na somente até o ponto em que são úteis ao progresso pessoal, quando externadas com respeito e lealdade. Para tais pessoas, a maledicência   é atestado de incapacidade moral e imaturidade emocional.
Porque não aprendemos ainda o auto-amor, costumamos esperar as compensações e favores do amor alheio, permitindo um nível de segurança e dependência dos outros, face ao excessivo valor que depositamos no que eles pensam de nós.
O medo de ser rejeitado ou não aceito é um resquício fortemente gravado no psiquismo pelas experiências infantis ou por complexos adquiridos em outras existências.
Crenças de desvalor a si próprio, consolidadas na mente da criança e do adolescente, refletem agora na adultidade como sequelas dolorosas e inibidoras, provocando sentimentos de inutilidade e culpa, gerando autocensura, a autopiedade e uma terrível "síndrome de ser culpado" pelo mundo estar como está, ainda que muitas situações nada tenham a ver co suas movimentações existencionais.
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trecho do livro "Mereça ser feliz" de Wanderley de Oliveira e Ermande Dufaux


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