quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Relato de um caso de abuso espiritual

motivo pelo qual procurou atendimento espiritual.
Tenho dezenove anos. Desde os 12 anos passei por várias igrejas e todas trataram meu problema preconceituosamente. Meus pais são evangélicos metodistas, mas procuraram a cura em outras igrejas, buscando um milagre.
Minhas primeiras menstruações foram muito dolorosas e eu costumava desmaiar.
Por diversas vezes, participei de ritos de exorcismo, descarrego e esconjuro. Diziam que eu estava endemoniada e que eu não era curada porque minha fé era fraca. Acusavam-me dizendo que eu é que não permitia o milagre e de me locupletar com o "encosto". Minha caminhada foi muito difícil.
 Em maio de 2004 fui empurrada e caí de uma escada, fraturando o cóccix. Infelizmente eu tive outras quedas, fraturando novamente essa parte da coluna. Já tentei me suicidar e fui abusada sexualmente pelo meu professor da academia. Não consegui contar isso para ninguém.
Em março deste ano comecei a ter piolonefrites de repetição. Fui internada num hospital e meus médicos resolveram fazer uma laparoscopia para verificar por que eu tenho dores abdominais. Depois da cirurgia, o meu diagnóstico foi endometriose e uma peritonite por sangramento.
Tive que fazer vários tratamentos hormonais para resolver essa doença. Tive uma reação adversa e entrei em coma com os medicamentos. Meu intestino parou de funcionar. Tenho inchaços abdominais e muita dor. Já estive em mais de 50 médicos e já tive mais de 15 internações, e até agora ninguém tem um diagnóstico definido. Tudo que se sabe é que meu intestino em certas partes parou de funcionar e só consigo ir aos pés com intervenção.
Comecei a fazer psicoterapia e me conscientizei que deveria me afastar de casa. A religião evangélica dos meus pais, as constantes buscas pelos milagres, a colocação do meu nome nas correntes de oração, as sessões domiciliares de libertação e descarrego estão me exaurindo. Fui morar sozinha para não enlouquecer e me livrar dessa influencia negativa em minha vida.
Acredito em reencarnação, estou estudando e me sinto melhor. Sei que o sentimento de culpa e o medo de me relacionar me paralisam e somatizam em meus intestinos. Sinto que abusaram de mim, especialmente pela arrogância dos pastores, incentivados pela teimosia do meu pai que sempre me estigmatizou e me desmereceu. Hoje entendo que Jesus é perdão, consolo, alívio das culpas. Continuo na psicoterapia e creio que, pouco a pouco, estou conseguindo me equilibrar.

 Esta consulente foi atendida no grupo de apometria da Choupana do Caboclo Pery. 
O relato é verídico e consta na ficha de atendimento que é preenchida antes dos trabalhos. Como nada acontece por acaso,
Ramatís nos informou, por meio da clarividência, que essa nossa irmã foi uma cortesã francesa em fins do século dezenove. Proprietária de refinado cabaré freqüentado pela elite parisiense, além de possuir uma beleza e sensualidade contagiantes. Um dos freqüentadores de sua casa era um rico comerciante, dono da melhor pista de corrida de cachorros. Nossa atendida perdeu muito dinheiro apostando nas corridas e endividou-se. Então, para não pagar a alta soma, preparou uma armadilha para chantagear o credor, ameaçando-o de expor à família, que era muito católica, sua condição de amante e assíduo freqüentador  de seu bordel. Isso gerou muito ódio em relação a ela, e a atendida acabou sendo assassinada por um violento esfaqueamento abdominal, ao sair de um dia vitorioso nas apostas.
Hoje, esses personagens são pai e filha: ele metodista ferrenho; ela com o estigma dos abusos sexuais de outrora irrompendo no corpo físico e afetando seu psiquismo, ambos colocados juntos para aprenderem a perdoar e amar por desígnio das Leis Maiores.  As religiões foram programadas pelo Criador para nos libertar e não para serem ferramenta de aprisionamento e molestamento pessoais.

do livro "O Diário Mediúnico" de Norberto Peixoto, orientado por Ramatis

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