Dinheiro ou
felicidade: o que é mais valioso?
Sucesso ou
derrota: o que é mais destrutivo?
Dominar os
outros é força: dominar a ti mesmo é o verdadeiro Poder.
Quando te
contentares em ser apenas tu mesmo, e não te comparares nem competires, todos
te respeitarão.”
( Lao Tsé, Tao Te Ching)
Finalmente Lúcia conseguiu. Convenceu Clara a participar do curso.
Viajaram juntas e puderam colocar os assuntos em dia.
O Curso prometia ser interessante e
Clara estava mesmo querendo fazer uma reciclagem.
O trabalho era feito em cima de um livro que chegava
ao Brasil e prometia mexer com os valores e verdades das pessoas. Os Arquétipos
do Homem e os caminhos a seguir para viver cada Arquétipo. O trabalho consistia
de aulas propriamente ditas, discussões e vivências.
Estava sendo muito interessante. Cada uma pensava de
que modo poderia utilizar esse aprendizado no seu trabalho e no dia a dia. Além de ser bonito, o assunto mexia com o sistema de
crenças. Estavam reavaliando seus valores e tendo oportunidade de expandir a
consciência e o auto-conhecimento.
Ao final do
dia, já deitadas procuravam recapitular o que foi visto.
Lúcia demonstra um interesse especial pelo assunto.
- Clara você já pensou o que esse conhecimento pode
nos ajudar no consultório? Tantas pessoas que se sentem perdidas, podem ser
ajudadas com isto que estamos aprendendo.
Clara concorda e ri, vendo a amiga tão excitada com
o curso.
- É verdade. Vai ser muito útil. E o conceito dos Arquétipos é bem interessante.
Vamos dar mais uma olhada no livro e discutir alguma coisa.
“Os quatro princípios do homem são:
O Guerreiro, o curador, o visionário e o Mestre.
O caminho do guerreiro exige que
respeitemos e honremos nossos limites, bem como os limites e determinações dos
outros. Nossa capacidade de responder impecavelmente e com integridade aos acontecimentos é o que
nos traz à arena do Guerreiro.
Responsabilidade e
disciplina são as suas armas, guerreiro!
Responsabilidade não é
apenas a capacidade de responder ao que nos acontece, é também a capacidade de
sustentarmos nossas ações e sermos responsáveis por tudo que fazemos e deixamos
de fazer.
Disciplina é o processo de
encarar a vida de frente e agir sem precipitação. Isso significa “ser discípulo de si
mesmo”. Assim honramos nosso próprio
ritmo, nosso “ir-passo-a-passo” natural.
Responsabilidade e
disciplina devem estar a serviço da estrutura e da função. Lembrando que
estrutura ou formalidade em excesso podem levar à rigidez e à calcificação,
assim como, muita funcionalidade ou
criatividade a esmo levam ao caos.
O equilíbrio pode ser expresso pela
metáfora da haste de bambú – a capacidade de permanecer firme, mesmo quando
vergada.
Ser Guerreiro não significa
nem vencer, nem mesmo ser bem sucedido.
Significa arriscar e falhar, e arriscar e falhar de novo, enquanto
viver, como um verdadeiro líder.
Existem, universalmente 3
tipos de Poder: o poder da presença, o
poder da comunicação e o poder do posicionamento.
O Poder da Presença
significa sermos capazes de trazer à frente
as quatro inteligências: a mental, a emocional, a espiritual e a física.
Quem possui esse Poder é identificado como uma personalidade carismática ou
magnética. Atrai e cativa nosso interesse mesmo antes de falar.
O Poder da comunicação
efetiva e habilidosa alinha conteúdo, timing e contexto. Comunicação estrondosa anuncia grande
conteúdo, mas pobre em timing e contexto. A comunicação confusa apresenta bom
timing e contexto, mas é pobre em conteúdo e em geral, tem como efeito a
incongruência entre palavras e comportamentos.
Ser cheio de Poder –
poderoso – é a instância natural de tolerância, respeito e imparcialidade do
caminho do Guerreiro.
Lúcia está
cada vez mais interessada no texto.
-
Clara! Já tentou refletir sobre essas questões?
-
Minha amiga tenho até vergonha. Sou uma guerreira fraca.
- Como pode dizer isso? Só o fato de estar
aqui, disposta a querer se conhecer, se questionando, encarando os seus
limites, já mostra que é uma guerreira.
-
Mas se olhar para trás, dá dor ver quanto tempo perdido.
Continuaram estudando e discutindo. E como
tinham coisas para discutir....
- Nossa! Como é difícil o caminho do auto-conhecimento...
- Como adquirir características do Guerreiro Interior?
- Olhe quantos ítens a analisar:
1. O que é bom, verdadeiro e
belo em mim é tão forte quanto o meu
lado medíocre?
2. Quando, exatamente perdi o
hábito de cantar e dançar?
3. Quando perdi o encantamento
com as histórias e metáforas que ouço?
4. Quais são meus líderes? Quem
me inspira a tornar-me melhor?
4. O que é desafio para
mim? Desafios me estimulam ou assustam?
5. Como lido com o poder? O que
exercita a minha coragem?
6. Que Partes de mim lutam para
permanecer estagnadas? E quais buscam a evolução?
7. Como uso o poder da
linguagem? Minha fala é moderadora e harmonizadora?
8. Eu digo o que devo dizer ou jogo conversa fora?
9. Quando a situação é crítica,
mantenho o equilíbrio e a paz interior?
10. Sou uma pessoa responsável? Mereço confiança?
11. Como lido com a natureza que
me cerca? Sou ligado nas questões ecológicas?
12. Qual aspecto sombra se
manifesta com maior intensidade em mim?
“.......externamente, ele está em prontidão para
atender a qualquer chamado ao serviço e interiormente, ele se esforça para
cumprir o “Caminho do guerreiro”.... Dentro de seu coração ele guarda os rumos
da Paz, mas por fora mantém suas armas prontas para serem usadas”.
(Ryusaku Tsunoda)
-
Por que o Arquétipo do Guerreiro é tão importante?
- Não sei, estou aqui pensando
se quando ajo pensando que estou sendo guerreira, não estarei dando espaço para
a agressividade latente em mim. Que livro!
-
Você, Clara? Mas é tão doce!
- Não se engane. Não sou doce e
amorosa sempre. Todos temos agressividade, violência, raiva, orgulho e todos os
defeitos próprios do homem. Elas podem estar escondidas, ou adormecidas, mas em
algumas situações, se perdemos o controle.... há que ter cuidado. O orgulho mesmo, é horrível,
pode levar a demonstrar superioridade, no entanto ainda que não se manifeste,
pode surgir se houver oportunidade.
- Tem razão. É muito sério e
delicado. Lembrei daquela frase “Orai e vigiai. É bem por aí. Orai e vigiai.
Senão nossos demônios aparecem.
- Quer saber? Está sendo ótimo
vivenciar estas experiências aqui. Estou descobrindo componentes da minha
personalidade que não julgava ter. Partes boas, que aceito bem; mas
outras...... tenho que trabalhar muito.
- O consolo é saber que não somos só nós. Faz parte da humanidade.
Clara e Lúcia continuam o processo de descobrimento de si mesmas,
à medida que as experiências vão
ocorrendo. Estão tendo a oportunidade de ver suas potencialidades e as
limitações. Através de exercícios podem se reciclar e atualizar seu poder
pessoal.
Qual a característica que
predomina na sua personalidade: Curadora, Visionária, Guerreira ou de Mestra?
- Clara! Você se enquadra mais em
que Arquétipo?
-
Ainda não tenho certeza. Penso que talvez o de Curadora.
-
Não está confundindo com o lado profissional?
-
Pode ser. Vamos estudar melhor o Curador.
O Curador é uma estrutura mítica que todos têm dentro de si. O poder do amor é
a maior energia de cura. Estender os
braços ao amor, é a maior benção e o
maior remorso é o não servir ao próximo e não ter manifestado o amor. O
coração é a ponte que liga o Céu à Terra. A nossa saúde física, emocional,
mental e espiritual, depende diretamente do estado do coração e da
disponibilidade de amar e servir.
A cura envolve a
possibilidade de entrega, de dar-se. Sem isso ninguém é capaz de curar. Os
quatro bálsamos da cura são o silêncio, a dança, o canto e o ato de contar
histórias.
Existem vários tipos de amor: Eis alguns deles:
. amor entre companheiros e
amantes.
. amor entre pais e filhos
. amor entre colegas e
amigos
. amor profissional entre
mestre e aluno
. amor entre terapeuta e cliente
. amor por si mesmo
. amor incondicional ou
espiritual
Qualquer amor, amor de qualquer tipo, é sempre um portal
aberto para a cura.
A qualidade do amor está
relacionada com a capacidade de dar e receber. De criar vínculos, seja de que
espécie for.
O Arquétipo do Curador pede
que fiquemos atentos a toda situação que tem coração e significado. Por
exemplo:
. reconhecimento e aceitação
. gratidão e consideração
. valor
- Clara, ouça isto:
Quer saber como está amando?
Responda a essas questões:
1 . Quais são os meus contos infantis preferidos?
2
. Que histórias conto a meu respeito quando faço novas relações?
3
. O que sei sobre o amor?
4
. Que bloqueios e obstáculos se antepõem à minha capacidade de amar e
receber amor?
5
. Onde e com quem sinto que o amor que ofereço tem receptividade?
6
. Sou dependente do amor, do
afeto?
Clara e Lúcia
se olharam com seriedade. Tomavam consciência de fatores que estavam
despercebidos na sua personalidade. Ou não queriam perceber?
-
Clara! Será que no fundo eu também tenho medo de amar?
-
Não me parece. Você sempre está com alguém, não é mesmo?
- Sim. Mas não é uma entrega! É mais para passar
o tempo. Agora mesmo acabei de terminar mais uma relação. Será que fosse amor
estaria com essa calma?
-
Lúcia você não me contou que está sozinha.
-
Nem dei importância, por isso
não falei nada. Não era amor.
- Então o melhor é ficar só.
Pelo menos sobra mais tempo para fazer o que quiser. Bem...é o que penso.
-
E você, Clara? Por que nunca fala sobre seus sentimentos?
-
Não há de que falar. Ou de quem falar.
-
Clara! Pára de se enganar. A não ser que queira ficar calada.
-
Não há mesmo, juro.
-
E o João Carlos? Claro que reparou o jeito que te olha.
-
Que jeito, está sonhando? Não vi jeito nenhum.
-
Tá na cara! Só você não quer ver.
- Ah! Vamos mudar de conversa.
Esta é perda de tempo. Vamos ler a metáfora da aula de hoje? Fala do cuidado que temos que ter ao falar.
-
É interessante. Falar de modo amoroso e com sabedoria...quantas vezes
colocamos tudo a perder, apenas porque falamos na hora errada ou de um modo
inadequado. Saber falar é fundamental para o Curador.
“Diz
uma velha lenda árabe que, certa vez, um
sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou
chamar um adivinho para interpretar o sonho.
- Que desgraça, Senhor!,
disse o adivinho. Cada dente representa
a perda de um parente de Sua Majestade.
- Mas que insolente!, gritou
o sultão enfurecido. Como se atreve a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!
Depois
de ordenar que punissem o miserável com 100 açoites, pediu a presença de outro
adivinho e lhe contou o sonho. Este após
ouvir o sultão com atenção, prognosticou:
- Excelso senhor, grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a
todos os vossos parentes.
A
fisionomia do sultão iluminou-se e entregou 100 moedas ao advinho.
Quando
este já saía, um cortesão, admirado o abordou.
- Não é possível! Não posso acreditar. A
interpretação que fizeste foi a mesma do teu colega. Por que a ele pagou com açoites e a ti com moedas de
ouro?
- Lembra-te, amigo, ponderou o adivinho. Tudo
depende da maneira de dizer. Um dos grandes desafios do homem é aprender a arte
de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a guerra ou a paz, a
felicidade ou a desgraça. Que a verdade
deve ser dita em qualquer circunstância, não resta dúvida. Mas a forma como é
pronunciada, tem causado, às vezes, graves problemas.
A verdade pode ser comparada a uma pedra
preciosa. Se a lançamos no rosto de alguém, pode ferir,
provocando dor e revolta. Mas, se a envolvemos em delicada embalagem e a oferecemos
com ternura, certamente é aceita com alegria.
A embalagem, no caso é a indulgência, o carinho, a compreensão e, acima
de tudo, a vontade sincera de ajudar a
pessoa a quem nos dirigimos. Sempre será
sábio de nossa parte se, antes de expressarmos a terceiros o que julgamos ser
uma verdade, repeti-la para nós mesmos diante do espelho. E, conforme seja a
nossa reação, podemos seguir em frente ou deixar de lado o nosso intento.
Importante
é ter sempre em mente que o que fará a
diferença é a maneira como falamos com nossos semelhantes.
Agora estavam diante do Visionário.
Aquele que pede sempre a verdade, e a capacidade de não julgar nem
acusar. Que fala da necessidade de nos libertarmos de qualquer padrão de
comportamento de negação, de nos mantermos alinhados em palavras e ações e
honrar a si mesmo como honramos o outro.
Aqui cabe um provérbio espanhol: “Se não és bom para ti mesmo, como
poderás ser bom para os outros?”
O visionário conhece e compartilha os seus sonhos e objetivos
criativos. Acredita neles. Não se esquece do seu propósito de vida.
Ele sabe que em determinada fase da vida precisou esconder seu
verdadeiro Eu, para sobreviver. Agora resgata sua Identidade
O Visionário sabe que a Verdade é o
grande mistério. É preciso continuar procurando por ela. Aprender a
encarar a verdade com integridade e ser capaz de enfrentar as questões mais
íntimas sem negação. Sem negar emoções, pessoas, problemas, conceitos e
preconceitos. Aprender a lidar com conflitos e buscar a paz e harmonia a
qualquer custo. Desfazer-se dos conceitos de certo e errado pela verdade que está
acima de qualquer conceito.
Liberar a criatividade, sabendo lidar com a autocrítica. Se valorizar,
saber quem é. Fazer disso a razão de viver.
O Arquétipo do visionário é a força interior que nos impulsiona e
convida a ser quem somos. Ensina que é preciso saber onde queremos chegar,
antes de chegar a algum lugar.
- Qual é o meu objetivo?
Pensar nas questões que nos
apresenta o Visionário:
1. Como uso a capacidade de
dizer a verdade sem julgar ou criticar?
2. Sou capaz de perceber quando estou alimentando o meu falso eu?
3. Que tipo de músicas me fazem sentir melhor?
4. Como libero minha criatividade, e imaginação?
5. Como está minha
disponibilidade de rir e dar gargalhadas?
6. Venho me dedicando a uma
busca espiritual?
7. Qual é a oração que me faz
bem?
8. Quais exercícios de
meditação facilitam a reconecção com o
meu Eu Superior?
9. Costumo utilizar a favor do
outro meus dons e talentos?
10. Como está meu espelho?
Claro, esfumaçado, rachado? Opaco? O que vejo nele?
“Ninguém pode fazê-lo sentir-se inferior sem seu consentimento”
Eleanor Roosevelt
Clara e Lúcia refletiam sobre os ensinamentos.
- É verdade. Ninguém pode nos
fazer feliz ou infeliz. Somos nós que fazemos. Infelizmente, delegamos esse
poder às pessoas, deixamos que nos magoem . Isto é triste.
- É Lúcia, mas reconhecer isso nos torna mais responsáveis por nossa
vida. Tira-nos a possibilidade de continuar dizendo que ele ou ela nos faz
infeliz, e com isso perdemos o papel de vítimas.
- Reparou como está sendo difícil definir qual é o Arquétipo mais
predominante na nossa personalidade? Qual padrão é mais presente em você?
-
Creio que em dose maior ou menor , tenho um pouco de todos.
-
Gostei especialmente do Arquétipo do Mestre.
-
Lúcia, preciso ler mais sobre o Mestre. Vamos dar mais uma lida?
Clara sabia porque queria ficar a sós com o Arquétipo do Mestre. Ele a
tocou no mais profundo do ser. Trouxe verdades que não queria ver.
O Arquétipo do Mestre - O
caminho da Sabedoria.
O Mestre ensina o desapego, a confiança, o discernimento e clareza.
Aprender a confiar. Mesmo sendo um aprendizado difícil de fazer.
Libertar-se dos apegos que nos prendem e impedem de seguir o nosso
próprio rumo. O que mais faz o homem perder o senso de humor do que os apegos?
Desapego de emoções, pessoas e circunstâncias...
Todos passamos por perdas. Seja uma perda de alguém amado ou de bens
materiais. Saber perder é uma lição que deve ser aprendida. A maneira como
enfrentamos as diferenças perdas, mostram como lidamos com a morte. Aprender a
deixar as coisas seguir seu rumo, o ciclo se completar. Saber lidar com o que
vier, inclusive a morte, que é uma das fases do ciclo: nascimento, crescimento
e morte. Nada mais natural. Desapegar, é preciso!
A sabedoria dos Mestres estão à disposição de quem fizer esse caminho.
Aprender a ouvir os Guias. Reverenciar suas palavras e ensinamentos. Sabedoria
é a capacidade de aceitar nossos aspectos positivos e negativos. Os
desenvolvidos e os não desenvolvidos. Ter a flexibilidade necessária para
aceitar o estado atual de desenvolvimento confiante na sabedoria interior.
Buscar a Luz, mas aceitando a sombra. Ela faz parte do processo. Respeitar
nosso tempo, nosso ritmo. Ser apegado e desapegado com equilíbrio e
objetividade. Saber que amanhã, é outro dia e o homem tem todo o tempo do mundo
para aprender o caminho e trilhá-lo.
As questões que devem ser
avaliadas no caminho do Mestre:
1. Quais foram os Mestres
significativos de minha vida?
2. Quais as qualidades deles
que me atraíram?
3. De que forma me dei conta
das minhas limitações?
4. Quais foram as chamadas que
me despertaram?
5. Que tipos de apego encontro
na minha vida?
6. Qual é o meu nível de
tolerância?
7. Como é a minha capacidade de
estar só?
8. Qual é a minha capacidade de
esperar para agir quando estou confuso?
9. Que áreas da minha vida apresentam confusão
atualmente?
10. De que tenho medo? O que me nego saber, prefiro ignorar?
11. Que padrões de negação estão mais presentes
na minha vida?
12. Quais as minhas qualidades que quero levar
adiante?
13. Como tenho lidado com as
perdas em minha vida?
14. Qual perda estou me defrontando agora?
Esse questionamento foi difícil
para Clara. Parecia que as palavras foram escritas especialmente para elas.
As experiências vivenciadas e o confronto com suas verdades, fizeram
uma revolução no interior das duas
amigas. Agora precisavam tempo para digerir o que aprenderam e viveram.
O tempo passava rápido. Diariamente, Clara lia e relia todo o material
que falava dos Arquétipos. Era importante esse questionamento. Queria crescer,
aprender e se Mas dar o passo que precisava dar, dependia de se conhecer. Continuava estudando e fazendo contato com o
Irmão, a quem chamava de Mestre. Aos domingos estudava com o grupo, ao qual já
pertencia.
Continuava pensando em João mas evitava estar a só com ele. Queria
evitar envolvimento e sofrimento. Mas ele estava presente a cada momento,
sofria por não ter coragem de assumir seus sentimentos.
continua...
MCCA
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