sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eu Sou, por Saint Germain


“Eu Sou” é a atividade da vida. É inacreditável como os estudantes mais sinceros nem sempre chegam a captar o verdadeiro significado destas duas palavras!

Quando dizeis “Eu Sou”, sentindo profundamente, contatais a Fonte da Vida Eterna, para que ela transcorra, sem obstáculos, ao longo do seu curso. Assim, abris amplamente a porta para seu fluxo natural.
Quando dizeis “Eu não sou”, fechais a comporta que gera o fluxo desta Magna Energia.

“Eu Sou” é a plena atividade de Deus.
Coloquei em vossa frente, infinitas vezes, a verdade de Deus em Ação. Quero que compreendais que a primeira expressão de todo ser individualizado, em qualquer lugar do Universo, seja em pensamento, sentimento ou palavra, é “Eu Sou”, reconhecendo, assim, Sua própria vitoriosa divindade.

O estudante que busca, ao tentar compreender e aplicar estas poderosas leis, tem que manter estrita vigilância sobre seus pensamentos e atitudes. Porque, quando se pensa ou diz: “Não Sou”, “Não Posso” ou “Não Tenho”, está sufocando a Magna Presença Interna, mesmo que inconscientemente, de forma tangível, como se colocasse as mãos ao redor do pescoço de alguém impedindo sua respiração. A diferença desse gesto, na forma externa, é que podeis, com o pensamento, governar vossas mãos e afrouxá-las a qualquer momento. Quando alguém faz uma declaração de “não ser”, “não ter” ou “não poder”, coloca em movimento a energia ilimitada, que continua atuando, até que seja anulada e transmutada sua ação. Isto mostra o enorme poder que tendes para qualificar, ordenar e determinar a forma em que desejais que atue a Grande Energia de Deus.
Digo-vos, amado estudante, que dinamite é menos perigosa. Uma carga de dinamite desintegraria vosso corpo, enquanto que pensamentos ignorantes, lançados sem controle, travam a roda da reencarnação indefinidamente (1).
Enquanto dure um decreto sem ser detido, transmutado e dissolvido, o mesmo continuará imperando “per secula seculorum”, por disposição do próprio indivíduo!

Vede, então, quão importante é que saibais o que estais fazendo ao usar atitudes incorretas, mesmo que impensadamente. Estareis empregando o mais potente e Divino Princípio da Atividade no Universo, o “Eu Sou”.

Compreendei, não se trata de apenas uma atividade, idéia oriental, estrangeira, vã ou leviana, nem de eventual exagero. Trata-se do mais alto Princípio da Vida, usado e expressado através de todas as civilizações que tenham existido. Lembrai-vos primeiro, que toda forma de vida, consciente de si mesma, expressa o “Eu Sou”, que é muito mais do que o simples “eu existo”.
Em seu contato com o exterior, com atividade incorretamente qualificada, o estudante pode aceitar coisas inferiores ao “Eu Sou”.

Amado discípulo, quando dizeis: “eu estou enfermo”, deliberadamente invertis a perfeição que contém o processo vital. Estais batizando com algo alheio o que o “Eu Sou” não possuiu?

Através de muitos séculos de ignorância e incompreensão, a humanidade carregou falsos conceitos que deterioraram até a atmosfera que a rodeia. Devo então, repetir que, quando anunciais “estou enfermo”, enunciais uma flagrante mentira com relação à Divindade. Ela (o Eu Sou) jamais conhecerá a doença. É sempre plena de Saúde e Vida.

Peço-vos, amado estudante, em nome de Deus, que cesseis de empregar falsos termos em relação à Divindade, pois é impossível que tenhais liberdade, enquanto os continueis usando.
Sempre insistirei para que, verdadeiramente, reconheçais e aceiteis a Magna Presença de Deus “Eu Sou” , pois assim, não tereis mais condições adversas.

Suplico, em nome de Deus, que cada vez em que vós encontreis dizendo que estais doente, pobre ou em situações adversas, instantaneamente invertais esta condição fatal, declarando mentalmente, com toda a intensidade de vosso “Eu Sou”, que tens saúde, opulência, felicidade, paz e perfeição.

Cessai de dar poderes a condições externas, pessoas, lugares e coisas, pois o “Eu Sou” é o poder de reconhecer a perfeição em cada um e em todas as partes.
Quando pensais na expressão “Eu Sou”, significa que já sabeis que tendes Deus em Ação, atuando em tua vida. Não permitais que falsas avaliações, conclusões e palavras, continuem governando e limitando-vos. Lembrai constantemente: Eu Sou Vida, Opulência e Verdade, já manifestadas em Mim.
Assim, lembrai-vos desta Presença Invencível, mantendo a porta aberta para que Ela (a presença Eu Sou) mostre, em vossa manifestação externa, toda a Sua Perfeição.

Excluí de vossos pensamentos a crença de que, se continuais a usar decretos errados, de alguma maneira a vossa vida melhorará ou manifestará coisas boas. É impossível que isto aconteça. Nos pastos, usam-se ferros para marcar as reses. Eu gostaria de poder marcar-vos com um outro ferro, o ferro incandescente do amor, que fixasse em vossa consciência o “Eu Sou” e que não pudésseis fugir do uso constante desta Grande e Gloriosa Presença que sois.

Quando qualquer condição imperfeita aparecer em vossa experiência, declarai veementemente, que não é verdade; que aceitais, somente a Deus e à Perfeição, em tua vida.
Cada vez que aceitais as falsas aparências, fazeis com que elas se expressem e se manifestem em tua vida.
ISTO É UMA LEI comprovada plenamente. Hoje, a ti concedo, para libertar-te.

Entre vós há a crença de que é suficiente apenas não acreditar na antiga idéia de “bruxaria”, para estar livre dela. A bruxaria não é senão o incorreto uso dos poderes espirituais. Ela é constituída pela inversão dos poderes usados para o bem.
Hoje em dia, bruxarias são empregadas por inúmeros políticos, usando o poder mental qualificado.

Se essa força, usada em sentido inverso por aqueles que ocupam cargos públicos, fosse empregada  desta forma positiva, não somente os libertaria, como também, preencheria o mundo político de liberdade e justiça. Viveriam os humanos em um mundo natural, onde a Ação de Deus predominaria em todos os momentos.

Como foi no Egito antigo, assim é hoje: Aqueles que usam mal o poder da mente, ausentam a harmonia, encarnação após encarnação. Exorto a que estabeleçais o seguinte propósito: “Eu não aceito, nem adoto condições de ambiente alheio, nem de coisa que me rodeia, não provenientes de Deus, do Bem e do meu Eu Sou”.

Precisais adquirir o hábito de governar vossa energia.
Sentai, várias vezes ao dia, e aquietai-vos. Acalmai vosso ser externo.
Isto permitirá que vós suprais com a devida energia. Aprendereis a ordená-la e a controlá-la. Para que ela (vossa energia) esteja calma, aquietai-vos, enfrentando os pensamentos que surgirem em tua mente, elevando-os à altura do teu “Eu Sou”.

O estudante que busca, deve estar alerta para reconhecer seus próprios erros. Não deve esperar que alguém aponte seus defeitos. Mas, se assim acontece, deverá aceitá-lo com humildade.
Deve examinar-se e eliminar tudo aquilo que não seja perfeito. A forma de conseguir este objetivo, é declarando que não se têm hábitos que não estejam em total harmonia com Deus.
Logo, sendo Eu criação de Deus, sou seu Filho Perfeito.
Isto traz uma libertação impossível de conseguir de qualquer outra forma.
Lembrai-vos: ninguém pode fazer nada por vós, deveis fazê-lo por vós mesmos.

Neste trabalho, neste ensinamento e nesta radiação, todas as coisas velhas do indivíduo, saem para serem consumidas.
Antes de queixar-vos das coisas que experimentais, em vós e em vosso mundo, lembrai-vos que elas podem ser transmutadas.
             
Tende cuidado em não fixar a atenção naquelas coisas das quais quereis livrar-vos. Não deveis lembrar daquilo que não deu certo.
Não é maravilhoso que, depois  dos séculos em que  estivestes construindo limitações, possais, em pouco tempo, extirpá-las, conquistando a liberdade através de teu próprio esforço?

A forma mais rápida de conseguir esta conquista é empregando o humor. A sensação leve que dá a alegria, permite maravilhosas manifestações.
Se  vos empenhais em invocar a Lei do Perdão, podeis consumir todas as más criações do passado com a Chama Violeta Transmutadora e, sereis livres.
Deveis ter consciência de que a Chama Violeta é a Ativa Presença de Deus agindo.

Quando sintais desejo de fazer algo construtivo, esforçai-vos, com toda a força interior, para conseguí-lo. Mesmo que não presencieis a manifestação imediata, não vós preocupeis, pois os frutos virão, inevitavelmente.

O trabalho de um Mestre é que o discípulo compreenda o que significa aceitar. Aquilo que o indivíduo aceita, estipula as mudanças que ele fará em sua vida. Se ele prende sua atenção em uma coisa, está fazendo ou unificando-se com ela, identificando os erros e substituindo-os pelos elevados conceitos mostrados na Senda da Verdade. Quando a mente aceita alguma coisa ou condição, está decretando mudanças em seu mundo interior.
Por acaso, acreditais que um homem, que vê uma perigosa serpente caminha deliberadamente para ela, permitindo o bote? É claro que não! Pois é isto que fazem os discípulos quando permitem que sua atenção retorne aos antigos problemas.

A atividade interior governa de acordo com o Plano da Perfeição. A atividade exterior, quando a deixamos agir desgovernada, sempre nos conduz ao erro. Quando um quadro construtivo se ilumina em vossa mente, torna-se realidade. E essa realidade surge sempre que mantiverdes esse quadro em vossa lembrança.
Sabei que é possível fazer tão consciente a Presença de Deus, que, a qualquer momento, podereis ver e sentir Sua Radiação derramando-se plenamente em vós.
Para tudo o que não quer o estudante demonstra a confiança no mundo exterior. Por isso, para que se concretize o ele deseja, deve confiar na materialização do que já foi elaborado no plano espiritual. Deve sempre acreditar em si mesmo, colocando em prática estes ensinamentos, intensificando esta atividade.

 do livro "O Livro de Ouro de Saint Germain"

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